26.7.21

OLHA QUEM SÃO ELES...

Afinal, ao contrário do que se esperava, quem esteve no Tour mostrou-se ao mais alto nível em Tóquio. Do pódio de Paris ficam dois repetentes, mais o vencedor da etapa dos Campos Elísios.
Uma corrida viva, com um vencedor justo. Pena o percurso não ter a beleza que poderia ter.

 

23.7.21

CORRIDA OLÍMPICA DE LUXO

PERCURSO E ALTIMETRIA

PARTICIPANTES

ÚLTIMOS VENCEDORES

RECORDAR 2016

19.7.21

TOUR - vencedores e vencidos

VENCEDORES

TADEJ POGACAR - Já tudo ficou dito, Pogacar é nome para as próximas décadas. A dúvida é se apenas chegará ao nível dos melhores da história, ou se será, ele mesmo, o melhor da história.

MARK CAVENDISH - Foi uma das mais belas "revelações" deste Tour. Ninguém esperava que renascesse das cinzas, e muito menos que voltasse a ser dominador. Faltou Paris para terminar em beleza o conto de fadas, mas fica a promessa para 2022.

WOUT VAN AERT - Uma etapa de montanha, uma de sprint e uma de contra-relógio. Van Aert demonstrou neste Tour porque é um dos mais completos ciclistas da actualidade, sendo mesmo, porventura, o mais versátil. Promete para Tóquio.

JONAS VINGEGAARD - Segundo lugar inesperado deste jovem que se tinha mostrado no País Basco, e agora aproveitou a queda de Roglic para se libertar e andar sempre entre os melhores. Chegou mesmo a ser o único a deixar Pogacar para trás, na segunda passagem pelo Mont Ventoux, mas a descida não lhe permitiu ganhar tempo ao esloveno. Uma boa surpresa.

MATEJ MOHORIC - Duas etapas conquistadas fizeram dele um nome desta edição. Mais um esloveno a brilhar no pelotão internacional.


VENCIDOS

INEOS - Apesar do pódio de Carapaz, a Ineos terá sido a grande derrotada do Tour. Trabalhou muito, tentou de todas as formas, mas nem o segundo lugar conseguiu, não vencendo uma única etapa. Viu também alguns dos seus principais elementos cedo ficarem fora de combate, como Thomas ou Porte - de quem se esperava bastante mais. Só meteu um elemento no top 20, e, além do equatoriano, apenas Castroviejo se mostrou em bom nível.

FRANCESES - Começaram bem, com Alaphilippe a ganhar a primeira etapa e a vestir de amarelo. Depois, uns fogachos de Gaudou e de Guillaume Martin, e pouco mais. O tempo de Bardet e Pinot parece ter passado, e não se vislumbram nomes fortes para lutar pelos primeiros lugares.

FROOME - Não se compreende porque motivo se apresentou neste Tour. Manifestamente não está nada bem, nem se sabe se alguma vez voltará a estar - pelo menos ao nível de poder discutir uma etapa. Enquanto assim não for, seria melhor que se resguardasse, e não arrastasse o seu nome penosamente pelas estradas.

TRAÇADO - O traçado, uma vez mais, deixou a desejar. Não é aceitável subir duas vezes o Mont Ventoux, e a etapa não terminar aí. Etapas em linha na última semana não fazem qualquer sentido. Também as etapas da Bretanha mostraram estradas demasiado perigosas para uma competição como esta, e deixaram fortes marcas no pelotão e na história desta edição.

E TUDO TADEJ LEVOU

 

Vitória em toda a linha, com três das quatro camisolas em disputa (geral, montanha e juventude), vantagem de largos minutos, três etapas conquistadas, e domínio absoluto ao longo das três semanas.
É verdade que teve de sair de cena aquele que todos apontavam como o seu único verdadeiro rival (Roglic). Mas nada pode ensombrar a fantástica performance do jovem esloveno, que vai dizimando recordes atrás de recordes, caminhando triunfantemente para a eternidade.

5.7.21

POGACAR ARRASADOR

Com a queda e posterior desistência de Primoz Roglic, não se vê quem possa evitar que Tadej Pogacar, aos 22 anos, alcance o seu segundo Tour consecutivo.
O jovem esloveno tem estado intratável, atacando onde e como quer, deixando para trás tudo e todos. Um verdadeiro patrão da corrida, como só vi com Hinault, Armstrong e o melhor Froome. Ao fim da primeira semana, já leva mais de cinco minutos sobre os restantes favoritos - se é que se pode chamar assim a alguém mais neste Tour que não ele...
Só uma queda ou algo parecido pode tirar o Tour a Pogacar. Assim, a luta vai ser animada... pelo pódio. Entretanto Mark Cavendish renasceu das cinzas e parece disposto a encostar no recorde de Merckx. Conseguirá?