VENCEDORES
TADEJ POGACAR - Já tudo ficou dito, Pogacar é nome para as próximas décadas. A dúvida é se apenas chegará ao nível dos melhores da história, ou se será, ele mesmo, o melhor da história.
MARK CAVENDISH - Foi uma das mais belas "revelações" deste Tour. Ninguém esperava que renascesse das cinzas, e muito menos que voltasse a ser dominador. Faltou Paris para terminar em beleza o conto de fadas, mas fica a promessa para 2022.
WOUT VAN AERT - Uma etapa de montanha, uma de sprint e uma de contra-relógio. Van Aert demonstrou neste Tour porque é um dos mais completos ciclistas da actualidade, sendo mesmo, porventura, o mais versátil. Promete para Tóquio.
JONAS VINGEGAARD - Segundo lugar inesperado deste jovem que se tinha mostrado no País Basco, e agora aproveitou a queda de Roglic para se libertar e andar sempre entre os melhores. Chegou mesmo a ser o único a deixar Pogacar para trás, na segunda passagem pelo Mont Ventoux, mas a descida não lhe permitiu ganhar tempo ao esloveno. Uma boa surpresa.
MATEJ MOHORIC - Duas etapas conquistadas fizeram dele um nome desta edição. Mais um esloveno a brilhar no pelotão internacional.
VENCIDOS
INEOS - Apesar do pódio de Carapaz, a Ineos terá sido a grande derrotada do Tour. Trabalhou muito, tentou de todas as formas, mas nem o segundo lugar conseguiu, não vencendo uma única etapa. Viu também alguns dos seus principais elementos cedo ficarem fora de combate, como Thomas ou Porte - de quem se esperava bastante mais. Só meteu um elemento no top 20, e, além do equatoriano, apenas Castroviejo se mostrou em bom nível.
FRANCESES - Começaram bem, com Alaphilippe a ganhar a primeira etapa e a vestir de amarelo. Depois, uns fogachos de Gaudou e de Guillaume Martin, e pouco mais. O tempo de Bardet e Pinot parece ter passado, e não se vislumbram nomes fortes para lutar pelos primeiros lugares.
FROOME - Não se compreende porque motivo se apresentou neste Tour. Manifestamente não está nada bem, nem se sabe se alguma vez voltará a estar - pelo menos ao nível de poder discutir uma etapa. Enquanto assim não for, seria melhor que se resguardasse, e não arrastasse o seu nome penosamente pelas estradas.
TRAÇADO - O traçado, uma vez mais, deixou a desejar. Não é aceitável subir duas vezes o Mont Ventoux, e a etapa não terminar aí. Etapas em linha na última semana não fazem qualquer sentido. Também as etapas da Bretanha mostraram estradas demasiado perigosas para uma competição como esta, e deixaram fortes marcas no pelotão e na história desta edição.
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