Figuras do Tour:
Chris Froome é, sem dúvida alguma, a figura do Tour. Antes do inicio da prova apontava-se para um Tour muito disputado no que diz respeito à vitória final, mas rapidamente se percebeu que apenas Froome estava para ganhar. Assim, o britânico soma o seu terceiro triunfo na prova (2013,2015,2016) e iguala nomes como Greg LeMond, Louison Bobet e Philippe Thys.
No entanto, não se pode atribuir todo o mérito a um só homem. A Sky dominou o Tour e mostrou-se demasiado forte para os restantes adversários. Esta edição ficou fortemente marcada por uma imagem: a Sky a comandar o pelotão e a controlar os seus adversários.
O campeão do mundo Peter Sagan também esteve em grande no Tour 2016. Venceu 3 etapas (igualando o seu melhor registo até então), venceu o prémio de super-combativo, e somou a 5ª camisola verde consecutiva. Fica apenas a uma vitória de igualar o alemão Erik Zabel (recordista de camisolas verdes).
Nos sprints destacou-se Mark Cavendish, reaparecido nestas andanças. Surpreendeu e venceu nomes como Marcel Kittel ou André Greipel, favoritos à partida para as chegadas em pelotão compacto. Alcançou 4 vitórias de etapa, e desta forma está apenas a outras 4 de igualar o recorde de etapas de Eddy Merckx.
Apesar da sua fraca prestação na Geral e de não ter conseguido vencer nenhuma etapa, Rafal Majka dedicou-se a 100% ao prémio de melhor trepador do Tour e conseguiu arrecadar a sua segunda camisola de rei da montanha. Não se pode dizer que o polaco não tentou vencer etapas, esteve por várias vezes em fuga e foi um dos mais combativos desta edição.
Romain Bardet estava a fazer um Tour discreto até à 19ª etapa, onde atacou brilhantemente, oferecendo a primeira e única vitória caseira desta edição. Mais do que isso, alcançou o segundo lugar na prova.
Momentos-Chave:
A etapa 8, que ligava Pau a Bagnères-de-Luchon, foi o primeiro golpe na corrida dado por Chris Froome. A sua superioridade ficou bem evidente, e deixou os seus adversários KO. Ficou também a imagem marcante da sua descida.
Nada fazia prever que a etapa 11 terminaria desta maneira. Era dia para os sprinters, mas inesperadas bordures foram aproveitadas pela Sky com o objetivo de ganhar tempo na Geral, e pela Tinkoff com o objetivo de dar a vitória de etapa a Sagan. Ambas as equipas cumpriram as suas intenções, e Froome era cada vez mais líder.
Para além da escalada de Bardet na Geral, esta etapa ficou também marcada pelas quedas. Froome foi ao chão e ficou mal tratado, mas com a ajuda da equipa conseguiu chegar à frente e ainda ganhou tempo para os adversários directos. Não foi só Froome a cair neste dia, também Bauke Mollema, segundo classificado ao momento, caiu. Para o holandês teve efeitos mais graves, pois desceu do 2º ao 10º lugar devido ao tempo perdido.
Top 10 e os vencedores das várias classificações:
Etapa a Etapa: