Depois da quebra repentina na antepenúltima etapa do Giro, quando ostentava a camisola rosa e parecia imparável rumo ao triunfo final, o britânico Simon Yates vingou-se na Vuelta.
A sua prestação foi bastante idêntica à que conseguira em Itália, com a diferença que desta feita não houve o tal dia mau. Yates levou a liderança até Madrid, mostrando uma tremenda superioridade, que, a sedimentar-se, pode torná-lo num caso sério nas próximas temporadas.
Globalmente esta edição da Vuelta foi salva por uma última semana interessante, depois de 15 dias insípidos. Uma vez mais confirmou-se que, ou há chegadas em alto, ou não há espectáculo.
Destaque para o jovem Enric Mas, que alcançou um surpreendente 2º lugar. Diz-se que pode ser o novo Contador, e a avaliar pelo seu desempenho nesta prova há que desconfiar que sim. Miguel Angel Lopez completou o pódio, repetindo o 3º lugar do Giro.
Pela negativa há que mencionar a Movistar, que hesitou tempo demais entre apoiar Quintana ou Valverde, acabando por perder em toda a linha, sem se perceber, afinal, qual dos dois estaria melhor. Talvez nenhum deles estivesse bem, mas não podemos esquecer que já no Tour a equipa se perdera dentro dos seus próprios equívocos.
Notas ainda para Rohan Dennis, Ben King, Elia Viviani e Thibaut Pinot, que, juntamente com Valverde, conseguiram bisar em etapas.
Fica o quadro final: