30.5.16

PARA O FIM ESTAVA GUARDADO O MELHOR BOCADO

E toda a emoção do Giro estava reservada para os últimos dias.
Tal como eu havia escrito no post anterior, se queremos festa, precisamos de etapas de alta montanha, com chegadas lá bem em cima. Este Giro teve poucas, mas, na sexta e no sábado lá tirámos a barriga de misérias, e pudemos, enfim, assistir a grandes espectáculos.
O protagonista foi sobretudo um: Vincenzo Nibali.
É verdade que contou com o azar alheiro. Ninguém sabe o que seria este Giro sem a espectacular queda de Steven Kruijswijk contra o gelo, quando ainda tinha três minutos de vantagem na classificação geral, e se mantinha com os da frente rumo à última subida do dia. Mas o desporto é assim mesmo: azar de uns, sorte de quem souber aproveitar.
Nibali fez então tudo bem. Descartou o holandês na sexta, e no sábado foi a vez de se desembaraçar de Esteban Chaves, que, na véspera, herdara a camisola rosa. Se na sexta-feira o Tubarão da Sicília apenas aproveitou o que lhe caiu nas mãos, no sábado foi ele mesmo em busca do Giro, com um ataque fabuloso e irresistível, que deixou Chaves a pé. Venceu à Campeão, com uma performance que ficará na história da prova.
Destaque para o 14º lugar de André Cardoso, melhor classificação de sempre do português, e melhor lugar de um ciclista luso numa grande volta desde 2004.
Fica o quadro-resumo das etapas, e o top-dez final.


Recorde a etapa de Risoul (etapa rainha), onde se começou a desenhar o desfecho final deste Giro

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