3.5.16

GIRO DE ITÁLIA 2016 - Favoritos

VINCENZO NIBALI (Astana - ITA)
Jogando em casa, pode dizer-se que Nibali se apresenta como o grande favorito ao triunfo final, repetindo pois 2013. O percurso parece enquadrar-se nas suas características, e a equipa está formada à sua medida. Sem Contador, Froome, Quintana, ou Aru a fazer sombra, o siciliano tem tudo para vencer.


ALEJANDRO VALVERDE (Movistar- ESP)
Pelo palmarés, pelo prestígio, pela experiência, Valverde será, à partida, o principal opositor de Nibali na luta pela vitória final. Ao contrário do italiano (que já ganhou todas as três grandes voltas), em termos de corridas de três semanas, o murciano apenas conta com uma Vuelta - e já lá vão uns anos. Depois do pódio no Tour, ficou patente que Valverde, com determinado tipo de percurso (e de opositores) pode também imiscuir-se na luta por uma grande volta fora do seu país. Esta será uma excelente oportunidade. Assim esteja no seu melhor, e sem quebras.

MIKEL LANDA (Sky -ESP)
Foi uma das grandes surpresas da edição passada, e só o facto da Astana (sua equipa de então) estar apostada em Fábio Aru, lhe terá retirado a hipótese de discutir mais veementemente com Contador a vitória final. Agora, na Sky, terá uma equipa em seu redor, embora a grande força do colectivo britânico esteja reservada para o apoio a Froome no Tour. A vitória no Giro del Trentino anunciou um regresso em grande, depois de um início de temporada discreto. Parte como um dos favoritos, figurando logo atrás de Nibali e Valverde como hipótese para o triunfo final. 

  RIGOBERTO URAN (Cannondale - COL)
Esta é uma excelente oportunidade para o colombiano demonstrar que é mais do que uma promessa eternamente adiada. Depois dos segundos lugares de 2013 e 2014, Uran não voltou a ameaçar grandes feitos. Ainda está a tempo. Nem sempre a gestão da sua carreira terá sido feita da melhor forma, mas na Cannondale tem uma equipa que o pode ajudar. O nosso André Cardoso pode ter, aí, uma palavra muito importante a dizer.

RAFAL MAJKA (Tinkoff - POL)
Realizou um espantoso Tour 2014 (duas etapas e camisola da montanha), e uma grande Vuelta em 2015 (com pódio final). Será que em 2016 deixará marcas no Giro? Com um percurso pouco favorável, não acredito que possa vencer. Mas é um sério candidato ao pódio, e a discutir as etapas mais duras.

TOM DUMOULIN (Giant - HOL)
A grande surpresa da última edição da Vuelta (que chegou a parecer poder vencer) terá neste Giro a oportunidade de confirmar que o setembro de 2015 não foi meramente acidental. Exímio contra-relogista, terá 60 kms para fazer valer a sua força. Se estiver ao nível da Vuelta, tudo pode acontecer. Se ficar no top 5 já não sairá desiludido, mantendo as expectativas altas para o futuro da sua carreira.

RYDER HESJEDAL (Trek - CAN)
Outro contra-relogista, que, à força dessa virtude, venceu o Giro de 2012 (derrotando Rodriguez no último dia). A partir de então, parecia ter entrado em queda. Porém, em 2015, foram novamente as estradas italianas a trazê-lo para a ribalta do panorama internacional, com um brilhante 5º lugar. Não será candidato à vitória (já teve a sua oportunidade, e aproveitou-a muito bem). Mas pode imiscuir-se na luta, e terminar num bom lugar. Repetir 2015 não seria mau.

DOMENICO POZZOVIVO (AG2R - ITA)
Trepador nato, o pequeno italiano não tem neste Giro um percurso particularmente favorável. Parece pois difícil repetir o 5º lugar de 2014, embora Pozzovivo normalmente se agigante quando corre perto de casa. Com o veterano Peraud escalado para o Giro, a sua liderança na equipa também não é questão líquida. Não deixa, contudo, de ser um dos nomes mais fortes em presença.

ESTEBAN CHAVES (Orica - COL)
Outra das revelações da última Vuelta, Chaves procura agora a sua afirmação plena. Tão jovem, e ainda com tão poucos pontos de referência, a sua prestação é uma incógnita. Acreditamos que se possa intrometer-se entre os cinco primeiros, embora o percurso não seja o mais indicado para as suas características. Acresce, como dificuldade, que parte significativa da equipa está apostada nas etapas em linha, e no apoio ao também jovem Caleb Ewan, e a Luca Mezgec. Contará, porém, com a experiência de Plaza e Txurruka, quando o terreno inclinar.

ILNUR ZAKARIN (Katusha - RUS)
Muito jovem, também procura neste Giro a sua afirmação em corridas de três semanas. Surpreendeu tudo e todos, faz agora um ano, ao vencer na Romandia. Desde então tem-se mostrado aqui e ali, como excelente trepador. Tem uma grande oportunidade nesta prova, para a qual a Katusha conta também com Taaramae. É corredor para entrar num top dez, e aparecer na frente nas etapas mais duras.



OS OUTROS: Para além dos dez corredores referenciados, outros haverá que podem surpreender, e aparecer nos primeiros lugares. São homens como Peraud, Fuglsang, Scarponi, Pirazzi, Atapuma, Formolo, Anton, Sioutsou, Kolobnev, Ulissi, Niemiec, Monfort, Amador, Betancur, Herrada, Visconti, Cunego, Taaramae, Kuijswijk, Henao ou Roche. Uns mais do que outros, todos eles aspiram a ser protagonistas.

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