Valeu a pena esperar várias horas, e acompanhar mais de duas centenas
de quilómetros, para desfrutar dos últimos e fantásticos 500 metros da etapa
12.
Já com Quintana e Contador fora das contas, e quando o grupo de
favoritos ameaçava chegar colado, com Froome e a Sky a manterem o controlo
absoluto da situação, eis que um ataque de Fábio Aru pôs tudo de pernas para o
ar. Só Bardet reagiu – contra-atacando e vencendo a etapa. Uran também conseguiu
resistir. O britânico ficou para trás, perdendo mais de vinte segundos naquele
que tanto pode ter sido um instante menos conseguido, como eventualmente até um
momento histórico: na verdade, nunca, numa estrada do Tour, Froome tinha sido derrotado
de forma assim tão clamorosa. Feitas as
contas, Aru vestiu de amarelo.
Além dos segundos perdidos pelo líder da Sky – que numa prova com este
traçado podem ser determinantes -, o que ficou na retina foi a dificuldade em
acompanhar a frescura física da jovem dupla franco-italiana. Uma equipa forte é
importante, mas não é tudo.
Ainda há três etapas de montanha. E falta o contra-relógio final, onde
Froome teoricamente tem vantagem. Está tudo em aberto, mas o que vimos nesta
etapa nunca havíamos visto antes.
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