17.3.21

REVIRAVOLTA...OUTRA VEZ

Em desporto não há resultados injustos. Mas à pergunta sobre qual foi o ciclista que merecia ter ganho o Paris-Nice, só poderemos responder de uma forma: Primoz Roglic.
O esloveno dominou em toda a linha, venceu três etapas, e à entrada do último dia parecia ter a corrida no bolso. Porém, a maldição francesa fez-se sentir uma vez mais, e o ciclista da Jumbo-Visma, com duas quedas na derradeira etapa, atrasou-se e comprometeu irremediavelmente o triunfo final. Acabou inclusivamente fora do top-dez, pese embora o enorme esforço de recuperação que, em vão, tentou fazer até final.
Na véspera ganhara de forma controversa ao bater in-extremis o jovem Gino Mader, da EF, quando não precisava da etapa. Após as quedas viu o reverso da medalha: praticamente ninguém no pelotão se preocupou em ajudá-lo, ou muito menos esperar por ele. Por mim, tudo certo: ganham os mais fortes ou os que têm mais sorte, e ajudas em alta competição não fazem qualquer sentido.
Maximilan Schachmann herdou a camisola amarela. Já em 2020 havia vencido em circunstâncias específicas (então com a interrupção da prova antes do fim devido à Covid 19), e agora repetiu o triunfo. Sem culpa nenhuma o alemão teve o mérito de se posicionar de forma a acolher algum infortúnio alheio. Foi o que aconteceu, e assim somou mais um Paris-Nice ao seu palmarés.
Camisola amarela à parte, destaque para as duas etapas ganhas por Sam Bennett - provavelmente o melhor sprinter da actualidade - e para a surpreendente vitória do jovem suíço Stefan Bissegger no contra-relógio do terceiro dia.

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