Mesmo abstraindo-nos da extraordinária prestação portuguesa, o Giro de 2020 entra de caras para a galeria dos melhores das últimas décadas. Foi talvez mesmo o melhor de que me recordo, com um vencedor surpreendente, com dois corredores a partirem para a última etapa exactamente com o mesmo tempo, e com quatro camisolas rosas diferentes nos últimos cinco dias.
A pandemia parece ter caprichado, e trouxe-nos - por motivos que serão analisados noutra oportunidade - uma das melhores temporadas velocipédicas de que tenho memória. Este Giro veio na sequência de um fantástico Tour, e de algumas belíssimas clássicas. E a Vuelta também segue bastante animada.
Tao Geoghegan Hart cumpriu as esperanças que nele se depositavam após excelentes resultados em sub-23, atingindo agora a maioridade competitiva. Superou Jai Hindley, outra bela surpresa, no contra-relógio de Milão, e arrecadou um troféu que a própria Ineos, depois da queda de Geraint Thomas, talvez já nem esperasse obter. Já agora, diga-se que também em Espanha levam a liderança com Carapaz.
A pandemia parece ter caprichado, e trouxe-nos - por motivos que serão analisados noutra oportunidade - uma das melhores temporadas velocipédicas de que tenho memória. Este Giro veio na sequência de um fantástico Tour, e de algumas belíssimas clássicas. E a Vuelta também segue bastante animada.
Tao Geoghegan Hart cumpriu as esperanças que nele se depositavam após excelentes resultados em sub-23, atingindo agora a maioridade competitiva. Superou Jai Hindley, outra bela surpresa, no contra-relógio de Milão, e arrecadou um troféu que a própria Ineos, depois da queda de Geraint Thomas, talvez já nem esperasse obter. Já agora, diga-se que também em Espanha levam a liderança com Carapaz.
Para a Sunweb ficaram segundo e terceiro lugar, e também a sensação de que poderiam ter feito uma melhor gestão da corrida, nomeadamente quando Kelderman se apresentava como grande favorito ao triunfo final, e foi deixado ao abandono pelos seus colegas de equipa.
De João Almeida já se disse quase tudo. Faltava o ponto final, com a subida ao quarto lugar da geral, por troca com Pello Bilbao, depois de mais uma magnífica prestação (quarto tempo no CRI). Fica um travo a pouco ao perceber que, Stelvio à parte, o jovem português foi o melhor ciclista em prova, pelo que a sua ausência do pódio é verdadeiramente injusta. Com 22 anos, terá muito para festejar, e muito para nos empolgar. A promessa ficou feita.
Ruben Guerreiro também fez história, tornando-se rei da montanha, e trazendo a primeira camisola distintiva de uma grande volta para Portugal.
Até dá pena deixar cair o pano sobre esta prova, que ao longo de três semanas nos fez vibrar como já não acontecia talvez desde Agostinho.
De João Almeida já se disse quase tudo. Faltava o ponto final, com a subida ao quarto lugar da geral, por troca com Pello Bilbao, depois de mais uma magnífica prestação (quarto tempo no CRI). Fica um travo a pouco ao perceber que, Stelvio à parte, o jovem português foi o melhor ciclista em prova, pelo que a sua ausência do pódio é verdadeiramente injusta. Com 22 anos, terá muito para festejar, e muito para nos empolgar. A promessa ficou feita.
Ruben Guerreiro também fez história, tornando-se rei da montanha, e trazendo a primeira camisola distintiva de uma grande volta para Portugal.
Até dá pena deixar cair o pano sobre esta prova, que ao longo de três semanas nos fez vibrar como já não acontecia talvez desde Agostinho.