10.4.18

A MORTE DESCEU À ESTRADA

É impossível escrever o que quer que seja sobre o Paris-Roubaix de 2018, ignorando o que aconteceu com o jovem Michael Goolerts – que encontrou a morte aos 23 anos numa curva maldita.
Infelizmente, o Ciclismo continua a trazer momentos dramáticos como este. Os capacetes evitam muita coisa, mas esta não deixa de ser uma modalidade perigosa, e que hoje em dia coloca mais problemas aos competidores do que os próprios desportos motorizados.
Michael Goolerts tinha uma carreira pela frente. Era um bom contra-relogista e um prometedor ciclista de “clássicas”. Morreu a fazer o que mais gostava.
Neste contexto, a prova fica para segundo plano. Peter Sagan venceu, com um ataque à distância (a mais de 50 kms da meta), se bem que só na linha de chegada se livrou do persistente e surpreendente Silvan Dillier. O suíço resistiu da principal fuga do dia, e manteve-se na roda do campeão do mundo ao longo dos últimos troços de pavé. Conseguiu um brilhante segundo lugar, enquanto o pódio viria a ser fechado por Niki Terpstra (que voltou a evidenciar excelente forma).
Foi a primeira vitória de Sagan em Roubaix, e o seu segundo “monumento”, depois da vitória na Flandres de 2017.

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