26.7.17

AGENDA

Não sabemos se todas estas provas terão transmissão televisiva. Mas a maioria delas será seguramente transmitida pela Eurosport.
Ainda temos três meses de ciclismo para desfrutar.

24.7.17

UM OLHAR SOBRE O TOUR 2017

Os saudosistas do passado dirão que este Tour desiludiu, que não houve grandes diferenças entre favoritos, que os ataques escassearam, e que a Sky dominou mais uma vez sem resistências. Até podem ter razão, pois tudo isso foi, de facto, uma realidade. Mas num olhar mais pragmático, que leve em linha de conta o que é o ciclismo moderno, há que reconhecer que estas três semanas foram muito bem passadas.
Ataques como os da época de Merckx, por vezes em linha recta, sem equipas organizadas a defender, não mais voltarão a ver-se nas estradas francesas ou europeias. Os amantes da modalidade têm de se habituar a estes novos tempos, onde a táctica colectiva se sobrepõe, na maioria das vezes, à aventura individual, onde tudo é calculado ao milímetro, onde a tecnologia e a ciência imperam.
Para além desse pragmatismo, há que perceber que as forças já estão levadas ao limite, e a energia nem sempre (quase nunca…) sobra. Bardet fez o que pôde, e não tinha mais nada para dar. Quintana veio esgotado do Giro. Contador está na trajectória descendente da sua carreira. A partir de dada altura também Aru ficou sem pernas. Porte caiu. E tudo isto facilitou a vida da Sky e de Christopher Froome.
O britânico é o melhor e o mais regular. Ninguém ganha quatro Tours por acaso. E se o tivessem deixado (a equipa em 2012, e as quedas em 2014) já levava seis. Noutros anos terá sido mais espectacular, mas não deixou de ser eficaz, numa prova cujo traçado não favorecia significativas diferenças de tempo.
Para além de Froome, outros se destacaram. Nomes como Uran, Kittel, Mathews, Barguil ou Landa deixaram marca na competição. Cada um nos seus momentos, e pelos seus motivos, mostraram que se pode contar com eles. O basco até pareceu poder ir mais além, caso não tivesse de controlar os seus ímpetos na protecção ao chefe.
As etapas da primeira abordagem alpina e dos Pirenéus foram fantásticas. Do melhor que o ciclismo profissional nos ofereceu na última década. Já os Alpes da última semana desiludiram um pouco, criando uma espécie de anti-climax naquilo que estava a ser um verdadeiro regalo para os fãs. O balanço geral é, porém, bastante positivo, com muitos ingredientes interessantes, e muita esperança no futuro próximo.
Depois de um grande Giro, de um grande Tour, resta-nos esfregar as mãos e esperar pela Vuelta.

SINAL +  Froome, Sky, AG2R, Uran, Bardet, Kittel, Matthews, Barguil, Landa, traçado, público, segurança, Pirenéus, Sunweb, etapa de Chambery, Hagen, Dan Martin, Bodnar, paisagens, Yates, meninas do pódio e comentadores Eurosport

SINAL -  Quintana, Movistar, Contador, quedas, BMC, Katusha, atitude de Sagan, Bouhani, Galibier, pouca gente em Marselha, Chaves, Greipel, etapas em linha repetitivas, equipas convidadas, João Pedro Mendonça e Flecha

RESCALDO DO TOUR 2017

Figuras do Tour:

À partida para esta Volta a França, todas as casas de apostas apresentavam Chris Froome como o principal candidato à vitória final. O seu triunfo confirmou-se. Porém, poucos esperavam que este Tour fosse tão discutido como acabou por ser. Froome tremeu, mas resistiu e venceu o 4º Tour da sua carreira. Falta-lhe mais um para igualar Jacques Anquetil, Eddy Merckx, Bernard Hinault e Miguel Indurain.

Provavelmente, a maior surpresa do Tour 2017. A grande estrela colombiana Nairo Quintana desiludiu, mas Rigoberto Uran substituiu dignamente o seu compatriota. Uran não vacilou, acompanhando sempre os melhores e alcançando assim um inédito lugar no pódio final da mais importante corrida do mundo.

Bardet iniciou o Tour como a grande esperança francesa para terminar com um jejum que dura desde 1985 e durante as 3 semanas de prova tudo tentou para levar a melhor sobre os seus adversários, mas no final teve de se contentar com o terceiro lugar da Geral.

O sprinter alemão apresentou-se neste Tour em super-forma, arrecadando 5 etapas, algumas delas em circunstâncias bastante adversas. Kittel acabou por abandonar a prova na sequência de uma queda, desperdiçando assim uma boa oportunidade de conquistar a classificação por pontos.

Michael Matthews foi, também ele, um dos grandes protagonistas da 104ª edição da Volta a França. Venceu 2 etapas e, sem culpa nenhuma da saída de cena de dois fortes candidatos a ostentar a camisola verde em Paris (Sagan e Kittel), inscreveu o seu nome na lista de vencedores da classificação por pontos. O terceiro australiano a fazê-lo, depois de Robbie McEwen (3x) e de Baden Cooke.

4 minutos e 40 segundos perdidos em La Planche des Belles Filles mais 8 minutos e 47 segundos perdidos em Station des Rousses deitaram por terra as aspirações de Warren Barguil a lutar pelo pódio final. No entanto, o Tour acabou por ser sorridente para o francês da Sunweb, que levou consigo a camisola de melhor trepador e 2 vitórias de etapa, uma delas no dia nacional de França, algo que não acontecia desde 2005, por intermédio de David Moncoutié.

Momentos-Chave:

Apenas dois dias depois de Froome ceder a amarela a Aru nos 500 metros finais da chegada a Peyragudes, uma dura rampa final na etapa 14 fez Aru perder 25 preciosos segundos que devolveram a liderança ao britânico da Sky, quando nada o fazia prever.

Na última chegada em alto da Volta a França 2017, no mítico Izoard (2360m de altitude), Bardet ataca Froome com todas as forças que ainda lhe restavam, mas este consegue resistir e manter a amarela no seu corpo.

A derradeira chance de alterar o rumo desta Volta a França era o contra-relógio individual de Marselha, mas Froome não deu hipóteses à concorrência, ganhando inclusivamente tempo a todos os ciclistas do top 10. Apesar de perder o segundo posto para Uran, Bardet manteve um lugar no pódio final, 1 segundo apenas à frente de Landa.

Top 10 e os vencedores das várias classificações:



Etapa a Etapa:










CLASSIFICAÇÃO FINAL


1º FROOME
2º Uran a 0,54
3º Bardet a 2,20
4º Landa a 2,21
5º Aru a 3,05
6º Martin a 4,42
7º Yates a 6,14
8º Meintjes a 8,20
9º Contador a 8,49
10º Barguil a 9,25

PONTOS: Matthews
MONTANHA: Barguil
JUVENTUDE: Yates
COMBATIVIDADE: Barguil
EQUIPAS: Sky

ETAPA 21

Para além da vitória na etapa (obviamente uma das mais míticas para os homens do sprint), a única dúvida à partida para Paris prendia-se com a possibilidade, ou não, de Mikel Landa atacar o pódio – preso por apenas um segundo na sequência do contra-relógio marselhês. Essa dúvida foi desfeita ainda antes da entrada na Cidade-Luz, quando o próprio Landa brincou com a situação simulando uma tentativa de fuga. Os cumprimentos e brindes de champanhe entre os carros da Sky e AG2R também foram esclarecedores, e a tradição cumpriu-se: nada de ataques à geral.
Nos Campos Elísios, Andre Greipel não conseguiu manter a sequência de triunfos em grandes voltas. O jovem holandês Dylan Groenewegen foi mais forte, alcançando a maior vitória da sua carreira, e prometendo mais para o futuro.

ETAPA 20

No dia de todas as decisões, não houve surpresas. Isto se descontarmos a má performance de Romain Bardet, que perdeu o segundo lugar, e quase ia perdendo o terceiro.
Froome não caiu, não furou, e assim sendo nem precisou de arriscar muito para, não só manter a camisola amarela, como ainda aumentar a sua vantagem, e selar o “tetra”.
Uran fez um bom contra-relógio, subindo à segunda posição. Igualmente Contador esteve bem, ganhando, também, um lugar na geral.
O vencedor da jornada foi Maciej Bodnar, com um registo extraordinário, ele que já havia estado perto de vencer uma etapa (então alcançado pelo pelotão a poucos metros da meta, após fuga solitária).
Nota negativa para o pouco público presente no Velodrome de Marselha. Certamente a organização esperaria mais.

ETAPA 19

Entalada entre os Alpes e o Contra-Relógio de Marselha, a etapa 19 era tipicamente de transição, e propensa ao êxito de uma fuga. Assim aconteceu, com um denso grupo a distanciar-se, e a ganhar uma vantagem que ultrapassou os 10 minutos.
Cá atrás, tudo calmo. Lá na frente, aproveitando uma rotunda, Boasson Hagen e Nikias Arndt escaparam aos companheiros de fuga. Depois o norueguês foi mais forte, acabando por triunfar sozinho. Um triunfo merecido de quem já havia estado bem perto da vitória alguns dias antes.

21.7.17

ETAPA 18

Tinha tudo para ser a etapa rainha desta Volta a França. Era a última chegada em alto (e bem alto…), e os primeiros lugares estavam pendente de segundos. Porém, a Sky impôs a sua lei, e, mantendo Froome bem seguro na liderança, não permitiu grandes aventuras à concorrência. O Izoard já passou, e agora só um imprevisto impedirá o britânico de comemorar pela 4ª vez nos Campos Elísios.
Uma fuga que chegou a ter mais de 8 minutos de vantagem parecia ditar o desfecho da etapa, mas Warren Barguil, vindo de trás, mostrou novamente a sua força, e impôs-se no Izoard – vencendo pela segunda vez neste Tour, garantindo a classificação da montanha, e deixando a sensação de que, não fora o azar da oitava etapa, estaria na luta pelos primeiros lugares.
Aru foi o maior derrotado do dia, perdendo mais de um minuto para o camisola amarela, e dizendo adeus ao pódio.
Tudo parece decidido: amarela para Froome, verde para Matthews, bolinhas para Barguil, branca para Yates, equipas para Sky, pódio para Uran e Bardet. Mas, enquanto houver estrada…

20.7.17

ETAPA 17

De uma etapa de tinha Croix de Fer, Telegraph e Galibier, e à partida da qual as diferenças entre os primeiros eram tão reduzidas, esperar-se-ia certamente outro tipo de espectáculo.
Por incapacidade de uns (Aru andou pendurado durante o Galibier, e acabou por ceder tempo), e desinteresse de outros (Froome limitou-se a controlar, acabando ainda por bonificar na chegada), esta tirada resumiu-se a mais uma tentativa (louve-se!) de Contador para deixar a sua marca nesta edição, e a alguns fogachos de Bardet no grupo principal. E, claro, a uma excelente vitória do esloveno Primoz Roglic – que chegou tarde ao World Tour, mas demonstra qualidades inegáveis.
Sorrisos de Froome (maior vantagem e mais perto de Paris), e desilusão de Aru (que cai para o quarto lugar). Rigoberto Uran subiu ao segundo posto, e tratando-se de um razoável contra-relogista, parece ser, neste momento, a maior ameaça ao britânico. Quem diria?
Destaque ainda para a queda e abandono de Marcel Kittel, que deixa a camisola verde praticamente entregue a Matthews.

19.7.17

ETAPA 16

Aconteça o que acontecer até final deste Tour, uma certeza temos: a organização, Christian Prudhomme, e quem desenhou o percurso, estão de parabéns.
Na verdade, quando muitos desconfiavam de uma corrida quase sem contra-relógios, e quase sem chegadas em alto (eu próprio esperava para ver…), o facto de não se cavarem grandes diferenças de tempo entre os principais favoritos, bem como as próprias características de cada etapa, e a sequência escolhida, estão a fazer deste Tour um dos melhores de que me lembro. Todos os dias acontecem coisas, e cada momento conta.
Desta vez foi o vento, as constantes tentativas de abanico, e novamente gente a ficar para trás (no caso, Dan Martin, Contador e, já antes, Kittel). Aru também tremeu, mas não caiu.
Na meta, e num grupo muito reduzido, Michael Matthews fez a dobradinha, voltando a vencer, e reentrando na luta pela classificação por pontos (mais um factor de animação, quem sabe, até Paris).

17.7.17

CLASSIFICAÇÃO GERAL AO 2º DIA DE DESCANSO












1º FROOME
2º Aru a 0,18
3º Bardet a 0,23
4º Uran a 0,29
5º Martin a 1,12
6º Landa a 1,17
7º Yates a 2,02
8º Meintjes a 5,09
9º Contador a 5,37
10º Caruso a 6,05
11º Quintana a 6,16

ETAPA 15

Em etapa marcada por uma longa e numerosa fuga, a nota de maior destaque na luta pela classificação geral vai para a quebra (definitiva) de Nairo Quintana – que dois dias antes tinha regressado ao lote de candidatos ao triunfo. Agora nada mais poderá salvar o colombiano, a não ser, talvez, uma vitória numa das etapas alpinas. A estratégia de correr Giro e Tour revelou-se fracassada. Não ganhou uma nem outra, e não parece em condições de abordar a Vuelta com grande ambição.
Froome viveu dois momentos aflitivos quase consecutivos, primeiro quando se viu na segunda metade de um grupo cortado ao meio, e depois, mal acabara de recuperar, quando furou, ao mesmo tempo que a AG2R de Bardet impunha forte ritmo na frente do grupo principal. Recuperou, manteve a amarela, e viu Landa dar-lhe uma preciosa ajuda, mostrando assim que as coisas na Sky estarão certamente pacificadas.
O holandês Bauke Mollema, com um ataque cirúrgico a cerca de 30 km da meta, venceu a etapa, chegando sozinho a Le Puy-en-Velay.

ETAPA 14

O dia parecia inocente, mas os últimos metros da chegada a Rodez reservaram-nos um verdadeiro golpe de teatro.
Ninguém esperaria mudança de líder nesta etapa. Uma (inexplicável) má colocação de Fábio Aru na abordagem à subida final (que nem sequer estava categorizada, mas tinha a sua dureza) fê-lo perder 25 preciosos segundos, e vestiu Froome novamente de amarelo.
A vitória na etapa ficou para Michael Matthews, que levou a melhor num duelo fantástico com o campeão olímpico Greg Van Avermat.
Mais um dia de grande espectáculo, naquela que está a ser, indiscutivelmente, uma das melhores Voltas a França dos últimos anos.

ETAPA 13

Numa etapa canhão, com apenas 100 km e 3 contagens de montanha de 1ª categoria, tivemos, uma vez mais, um espectáculo de grande nível.
Primeiro Contador, que levou consigo Landa. Depois Quintana. Mais Barguil. Os quatro distanciaram-se e chegaram juntos à meta. Se o espanhol e o colombiano estavam muito longe na geral, e o francês queria as montanhas e a etapa, já Landa colocava-se claramente na luta pela amarela – abrindo assim uma segunda frente da Sky.
A vantagem chegou a ultrapassar os dois minutos e meio, o que punha o basco a bater à porta do primeiro lugar. Estranhamente, em certos momentos foi o próprio Froome a mover e perseguição.
O britânico, juntamente com Aru, Uran e Bardet, acabariam por chegar a 1,48, minimizando perdas. A amarela manteve-se no corpo do italiano. Mas Landa deixou um forte sinal de que quer mais do que ser um mero escudeiro do tri-campeão.
Quintana, com o tempo ganho, também se recoloca na luta.

14.7.17

ETAPA 12

Valeu a pena esperar várias horas, e acompanhar mais de duas centenas de quilómetros, para desfrutar dos últimos e fantásticos 500 metros da etapa 12.
Já com Quintana e Contador fora das contas, e quando o grupo de favoritos ameaçava chegar colado, com Froome e a Sky a manterem o controlo absoluto da situação, eis que um ataque de Fábio Aru pôs tudo de pernas para o ar. Só Bardet reagiu – contra-atacando e vencendo a etapa. Uran também conseguiu resistir. O britânico ficou para trás, perdendo mais de vinte segundos naquele que tanto pode ter sido um instante menos conseguido, como eventualmente até um momento histórico: na verdade, nunca, numa estrada do Tour, Froome tinha sido derrotado de forma assim tão clamorosa.  Feitas as contas, Aru vestiu de amarelo.
Além dos segundos perdidos pelo líder da Sky – que numa prova com este traçado podem ser determinantes -, o que ficou na retina foi a dificuldade em acompanhar a frescura física da jovem dupla franco-italiana. Uma equipa forte é importante, mas não é tudo.
Ainda há três etapas de montanha. E falta o contra-relógio final, onde Froome teoricamente tem vantagem. Está tudo em aberto, mas o que vimos nesta etapa nunca havíamos visto antes.   

13.7.17

ETAPA 11

Quando, a poucos quilómetros do final da etapa, o excelente contra-relogista Maciej Bodnar caminhava sozinho rumo à meta, com 40 segundos de vantagem, sem que qualquer equipa se decidisse a organizar uma perseguição feroz, parecia que uma fuga iria enfim vingar, e que Kittel iria enfim ser derrotado.
Nada disso. O polaco acabou por ceder nos metros finais, e uma vez mais vindo de longe, o alemão (uma vez mais com pouca ajuda para além de Sabatini) ainda chegou a tempo de conquistar a sua 5ª vitória – desta feita com Groenewegen por perto.
Kittel está a realizar um Tour fantástico, e caminha para a história. Mas também há que dizer que Cavendish, Sagan e Demare já se foram, e que Greipel dá mostras de estar bastante longe do seu melhor. Sem culpa disso, o camisola verde vai coleccionando vitórias, e, com o que ainda falta percorrer, pode bater recordes.

12.7.17

ETAPA 10

Impressionante!
A facilidade com que Marcel Kittel deixou para trás toda a concorrência na chegada a Bergerac mostrou bem quem manda na Volta a França em matéria de velocidade. O sprinter germânico (a quem a camisola verde assenta bem) é sem dúvida o melhor, ficando a dúvida sobre o que poderia ser hoje a sua colecção de triunfos se não tem falhado dois Tours (um deles por ausência, outro por manifesta má forma): provavelmente neste momento teríamos alguém na calha de Merckx e Cavendish.
Após a etapa estive a ver alguns vídeos antigos de Mario Cipollini. Os tempos eram outros, mas encontrei bastantes semelhanças. Dois monstros!

10.7.17

CLASSIFICAÇÃO GERAL AO 1º DIA DE DESCANSO

1º FROOME
2º Aru a 0,18
3º Bardet a 0,51
4º Uran a 0,55
5º Fuglsang a 1,37
6º Martin a 1,44
7º Yates a 2,02
8º Quintana a 2,13
9º Landa a 3,06
10º Bennett a 3,53
11º Meintjes a 5,00
12º Contador a 5,15

ETAPA 9

Que espectáculo!!!
A grande etapa de montanha desta primeira semana não desiludiu. É verdade que os três da frente (e agora maiores candidatos à vitória) chegaram juntos, mas antes aconteceu um pouco de tudo.
Geraint Thomas cedo caiu, deixando a segunda posição da geral, e deixando, sobretudo, Froome sem o seu principal escudeiro. Mas foi a subida para o Mont du Chat, a pouco mais de vinte quilómetros da meta, que fez a maior selecção.
Contador foi o primeiro a ceder, ficando totalmente fora da discussão deste Tour (e deixando sinais de fim de ciclo). Seguiu-se Quintana (embora controlasse as perdas, mantendo-se no top 10). E logo depois, na descida, Richie Porte, com uma queda bastante aparatosa, que o deixou muito mal tratado, foi forçado a abandonar. Na mesma queda, também Daniel Martin se atrasou.
Entretanto, um problema mecânico com Froome lançou a confusão no grupo principal, com Aru sorrateiramente a aproveitar para atacar, sem que os restantes se mostrassem dispostos a ofender o “chefe”.
Bardet escapou-se do já reduzido grupo que resistiu, mas perto da meta foi apanhado por Froome e companhia. Em mais um sprint milimétrico, Uran levou a melhor sobre um combativo Barguil (que chegou a festejar).
Na luta pela geral, tudo parece reduzido a três nomes: Froome (que, com isto tudo, ainda ganhou uns segunditos de bonificação), Aru e Bardet. Um revigorado Uran está à espreita, ameaçando o pódio.

ETAPA 8

Uma bela etapa, cheia de movimentações, permitiu ao jovem francês Lilian Calmejane a sua primeira vitória.
Houve de tudo: vimos a Sky ameaçada logo de início, vimos vários grupos a formarem-se e a desfazerem-se à medida que os quilómetros iam avançando, e no final, o drama de Calmejane – que com um ataque de cãibras, teve de penar para aguentar a ponta final, e a pressão que Robert Gesink lhe movia.
Mau grado tudo o que sucedeu, os favoritos chegaram juntos, pelo que a geral não sofreu alterações significativas.

ETAPA 7

Mesmo depois de várias repetições, vistas de vários ângulos, não consigo ter a certeza de que Marcel Kittel tenha ganho esta etapa.
Não me recordo de sprint tão apertado nos últimos tempos, mas o que fica nos registos é apenas mais uma vitória do germânico (a terceira), que faz dele o homem em maior destaque na primeira semana de prova.
Edvald Boassen Hagen (o outro) não ganhava uma etapa desde 2011. E continuou sem ganhar, apesar de todas as dúvidas. Saúde-se, porém, o seu regresso aos momentos de decisão.