Ninguém apostaria um pau de fósforo queimado num australiano de 37 anos, que não me recordo de ver vencer qualquer corrida em toda a carreira. O que é certo é que Mathew Hayman arrecadou a edição de 2016 da mítica Paris-Roubaix, batendo ao sprint a autêntica lenda viva da prova, Tom Boonen.
A própria presença de Tom Boonen na discussão da vitória foi, também ela, de algum modo surpreendente, face aos resultados mais recentes do belga. Mas com uma táctica quase perfeita, e com a sabedoria de um grande campeão, Boonen foi colocando a corrida a seu jeito. Só não previu que Hayman, resistente de uma das primeiras fugas do dia, tivesse ainda fôlego para o suplantar na chegada ao velodromo.
Cancellara despediu-se de forma infeliz, e após uma queda ficou praticamente afastado de lutar pelos primeiros lugares. Sagan também não esteve bem, deixando-se ficar para trás num momento decisivo. Quem acabaria por animar bastante a fase final da prova foi Sep Vanmarcke, que, todavia, não colheu quaisquer louros, ficando fora do pódio. O terceiro lugar foi para Ian Stannard (e a Sky continua sem vencer um "Monumento").
Seguem-se as Ardenas, com Brabantse nesta quarta-feira, Amstel no domingo, Fleche na quarta-feira seguinte, e Liége no domingo seguinte. Aí, a história será certamente diferente, com outro tipo de perfil de provas, e com outro tipo de ciclistas a discutir a vitória.
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