VEDETAS DO CICLISMO: 2016.02

29.2.16

LE SAMYN

4ª feira, na Eurosport, mais uma prova belga: Le Samyn.
Principais participantes: Gilbert, Terpstra, Alaphilippe, De Gendt, Wallays, Marcato, Hofland, Burghardt, Van Keilsbruck, Ahlstrand, Porsev, Gretsch, Meersman, De Bie, Zabel e Wynants

ESPECIAL BÉLGICA - A Pátria do Ciclismo

30 mil Km2, 11 milhões de habitantes. Se existe uma pátria do ciclismo, ela é, sem dúvida, este pequeno país do centro-norte da Europa, entalado entre a França, a Holanda, e o ainda mais pequeno Luxemburgo.

Eddy Merckx é o nome maior do ciclismo belga. Mas pode dizer-se que, em 1892, já se disputava a Liège-Bastogne-Liège, o que mostra bem a tradição deste país no que toca ao desporto velocipédico.

A Bélgica está dividida entre Flandres e Valónia, sendo que numa das regiões fala-se flamengo (próximo do holandês), e na outra fala-se francês. Em Bruxelas fala-se de tudo um pouco, mais ainda desde que aí se instalou a sede da União Europeia.

Podemos ver, pelo mapa seguinte, a forma como está dividido o país, bem como a referência às localidades ligadas às principais provas ciclistas disputadas, quer na Flandres, quer na Valónia. De referir que Roubaix se situa na França, embora mesmo, mesmo, mesmo, colada à fronteira belga.

O MAPA

Eddy Merckx é um caso à parte. Mas outros nomes engrandeceram o ciclismo belga ao longo dos tempos. Quatro chegaram a vencer o Tour de France (além do "Canibal", também Thys, Maes e Van Impe), mas a maioria distinguiu-se nas "Clássicas", sobretudo as disputadas em solo nacional.

No presente, o destaque vai obviamente para o flamengo Tom Boonen, e para o valão Philippe Gilbert, ambos especialistas em provas de um dia. Mas outros estão na calha para lhes suceder.

As provas disputadas em solo belga são muitas, e altamente prestigiosas. Mais do que as subidas, o piso difícil, e os ventos do norte, são as grandes dificuldades tradicionalmente sentidas nas competições belgas. As principais são a Volta a Flandres (Ronde van Vlaanderen), a Fleche Wallone e a Liège-Bastogne-Liège. A Paris-Roubaix termina mesmo às portas da Flandres. De destacar também o prémio E3 Harelbeke, a Gent-Wevelgen, a Omloop, a Kuurne-Bruxelas-Kuurne, ou ainda a Binche-Chimay-Binche.

No âmbito das competições por etapas, o Eneco Tour (de parceria com a Holanda) é o grande cartão de visita da região. Mas também os 4 dias de Dunkerque, ou os 3 dias de Panne, têm lugar cativo nas agendas dos fãs do ciclismo internacional.

KUURNE - mais uma vitória flamenga

Depois de Van Avermat ter ganho, no sábado, a Omloop, Jasper Stuyven venceu no domingo em Kuurne

27.2.16

VAN AVERMAET VENCE OMLOOP

1. GREG VAN AVERMAET (BEL/BMC) 4:54:12
2. Peter SAGAN (SVK/Tinkoff) "
3. Tiejs BENOOT (BEL/Lotto-Soudal) "
4. Luke ROWE (GBR/Sky) "
5. Alexis GOUGEARD (FRA/Ag2r) 00:05

26.2.16

BELAS DE UM DIA

Em rigor, a temporada das "Clássicas" já começou, com a disputa da nova prova da Austrália, e com a prova de Almeria, em Espanha (por sinal ganhas por Peter Kennaugh e Leigh Howard, respectivamente).
Porém, é este fim-de-semana que o verdadeiro tiro de partida será dado, com duas corridas na pátria das "Clássicas". A Bélgica assistirá no sábado à Omloop, e no domingo à Kuurne-Bruxelas-Kuurne (esta com transmissão directa na Eurosport).
Pela sua imprevisibilidade, pela forma quase anárquica como tantas vezes são disputadas, as "Clássicas" de um dia fazem as delícias dos amantes de ciclismo.
Fica aqui o calendário das mesmas para 2016, bem como o palmarés dos ciclistas em actividade, contando as 25 principais "Clássicas" velocipédicas internacionais.
O primeiro "Monumento" será, como é tradicional, a Milão-São Remo, no próximo dia 19. Destaque natural para os restantes quatro "Monumentos": Volta a Flandres (03/04), Paris-Roubaix (10/03), Liege-Bastogne-Liege (24/04) e Volta a Lombardia (01/10).

CALENDÁRIO DE CLÁSSICAS 2016

VENCEDORES DE CLÁSSICAS NO ACTIVO

NOTA: considerados todos os corredores ainda em actividade, e consideradas as 25 clássicas constantes do calendário acima, acrescidas dos Campeonatos do Mundo de Estrada e Jogos Olímpicos.

Recorde agora os cinco "Monumentos" de 2015:

SAN REMO

FLANDRES

ROUBAIX

LIEGE

LOMBARDIA

24.2.16

DOIS MINUTOS E MEIO DE ESPETÁCULO

VOLTA AO ALENTEJO 2016 - Apresentação

Decorreu ontem em Évora a apresentação da 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta - a única competição internacional desta natureza em que nenhum vencedor repetiu o triunfo.

O percurso é interessante, começando logo com a etapa raínha (4 contagens de montanha, e final em subida), e continuando com quatro dias para os sprinters ou afins. As bonificações (quer às chegadas, quer nas três metas volantes diárias) ditarão então as suas leis. O final será na mítica Praça do Giraldo em Évora.

Obviamente, ainda não se conhece ainda a lista de inscritos. Mas, olhando para as equipas presentes, podemos desde já adiantar que a tradição se irá manter por, pelo menos, mais um ano. Nenhum dos anteriores vencedores estará na estrada.

Seguem-se quadros com as etapas, o palmarés e as equipas participantes.

ETAPAS

PALMARÉS

EQUIPAS

APRESENTAÇÃO

22.2.16

PRÓXIMAS PROVAS

Principais participações confirmadas:
OMLOOP: Sagan, Boonen, Demare, Gilbert, Van Avermat, Terpstra, Martin, Kristoff, Viviani, Nizzolo
KUURNE: Sagan, Greipel, Boonen, Kristoff, Van Avermat, Ewan, Bouhanni, Pozzatto, Demare, Nizzolo, Viviani,
STRADA: Nibali, Valverde, Kwiatkowski, Cancellara,Sagan, Gesink, Stybar, Martin, Van Avermat, Phinney, Kreuziger
NICE: Bardet, Gilbert, Porte, Kittel, Izaguirre, Greipel, Costa, Talansky, Kristoff, Matthews, Thomas, Froome, Kelderman, Vanmarcke, Dumoulin, Contador, Paulinho
TIRRENO: Nibali, Scarponi, Van Garderen, Phinney, Valverde, Stybar, Martin, Uran, Machado, Rodriguez, Vandenbroucke, Kreuziger, Sagan, Majka, Cancellara, Nizzolo, Mollema, Landa, Viviani, Chaves

VOLTA AO ALGARVE 2016 - As melhores fotos (últimos dois dias)

VOLTA AO ALGARVE 2016 - Vencedores

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1º GERAINT THOMAS (Sky)

2º Jon Izaguirre (Movistar)

3º Alberto Contador (Tinkoff)

UM BALANÇO:

Desceu o pano sobre a “Algarvia”, e pode dizer-se que o sucesso foi retumbante.

O pelotão foi o mais forte de sempre, juntando nomes para todos os gostos e todos os tipos de estrada, como Contador, Aru, Pinot, Cancellara, Rodriguez, Martin, Thomas, Boonen, Kittel ou Greipel. O traçado endureceu, com dupla jornada de montanha (Fóia e Malhão), tocando a perfeição para aquilo que se pode esperar de cinco dias de prova. As presenças de Sporting e FC Porto também contribuíram para levar mais gente à estrada. Só faltou a televisão em direto. E bem que a prova merecia.

Nós estivemos na Picota e em Tavira, no sábado, e no Malhão, no domingo. As multidões presentes numa e noutra etapa impressionaram, e fizeram lembrar etapas míticas das grandes voltas. Se em Tavira as coisas correram extraordinariamente bem, no Malhão, algum excesso de zelo das forças de segurança (cortando estradas extemporaneamente e sem critério que se percebesse) perturbaram o dia, não evitando, porém, que o povo se espalhasse ao longo da estrada para ver os seus heróis. O adepto do ciclismo nem sempre é bem tratado quando pretende assistir ao vivo à modalidade. Algo para que as entidades organizadoras têm de estar despertas. É que, sem adeptos, ninguém viveria de qualquer modalidade desportiva.

Quanto a resultados, pode dizer-se que todas as etapas tiveram vencedor à medida – com exceção, talvez, da semi-surpresa Luís León Sanchez na Fóia.

Kittel conquistou os dois sprints, mostrando que é o melhor da especialidade. Contador triunfou na montanha. Cancellara venceu o contra-relógio. No fim…ganhou Thomas, repetindo o triunfo do ano anterior.

Triunfo merecido por parte daquele que foi o mais regular em todos os momentos. Talvez também daquele que mais quis vencer esta competição, entre os muitos que a utilizaram para desentorpecer as pernas. Mérito também para o trabalho da Super Sky, que também nas estradas algarvias mostrou a sua força.

Destaques ainda para Izaguirre, segundo classificado, Kolobnev, rei da montanha, e para Tony Martin, que andou de amarelo durante dois dias, perdendo a competição apenas na derradeira jornada.

Amaro Antunes surpreendeu no Malhão, entrando junto de Aru e Pinot. Foi o melhor português, com um 10º lugar na geral.

Os restantes atletas lusos estiveram discretos.

Em 2017 haverá mais.

ETAPA A ETAPA: