22.7.22

À CAMPEÃO!

Confesso que a postura defensiva de Vingegaard e da Jumbo, repetida durante vários dias perante os constantes ataques de Pogacar, levavam as minhas simpatias a incidir sobre o jovem esloveno - qual cavaleiro solitário perante exército forte e numeroso.
Porém, a forma categórica como o dinamarquês venceu em Hautacam, e sobretudo o enorme gesto de fair-play aquando da queda de Pogacar na descida anterior, têm de mexer com qualquer adepto do Ciclismo.
Uma modalidade tantas vezes espezinhada, quer a partir de fora, mas por vezes também por alguns dos seus intérpretes (basta olhar para o panorama nacional), merece campeões assim. E este Tour foi uma luta de Campeões. Uma luta árdua na estrada, mas uma luta leal entre dois jovens que, diga-se, mereciam ambos vencer.
Vingegaard foi mais forte em dois momentos chave: Gramon e Hautacam (de resto, duas das melhores etapas de que me lembro nos últimos tempos). E sobretudo naquela inesquecível subida alpina, deixou Pogacar a uma distância que o obrigou, depois, a arriscar demasiado. O triunfo final fica bem entregue, numa excelente edição do Tour - que deixa água na boca para os próximos anos.

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