Numa Vuelta a que só faltou um traçado mais coerente para a terceira semana, Primoz Roglic triunfou em toda a linha, mostrando que neste momento poucos o conseguem bater (só mesmo Pogacar...).
Ganhou por curta margem, passou um susto na Serra de Bejar, mas a preciosa ajuda de uma Movistar com contas para ajustar com Richard Carapaz deu-lhe então o conforto de que necessitava para chegar a Madrid vestido de vermelho.
O esloveno sai da Vuelta com as duas principais camisolas de liderança, e com quatro etapas conquistadas. E com este segundo título consecutivo, já só tem Heras, Rominger e Contador à sua frente no palmarés histórico da prova espanhola.
Destaque para Carapaz que vendeu cara a derrota, mostrando-se forte candidato a discutir as próximas grandes voltas (assim a Ineos o permita), e para Hugh Carthy que surpreendeu ao fechar o pódio.
Nota ainda para David Gaudu, que venceu em Somiedo e Covatilla, revelando-se um trepador a considerar no futuro.
Fica assim encerrada uma das mais atípicas e empolgantes temporadas velocipédicas de que me recordo, com três super-voltas, e muita emoção. Fevereiro é já a seguir, esperemos que numa situação pandémica mais aliviada.