Do pior.
Nem as duas etapas alpinas disfarçam a total sensaboria desta edição do Tour. Infelizmente é uma tendência que se tem acentuado, sobretudo desde 2012 (anos Sky), mas talvez nunca, como este ano, as coisas tenham chegado ao ponto em que estão.
Não culpemos as equipas, que fazem o seu trabalho com o maior profissionalismo, de modo a defender os seus interesses. Cabia à organização, ela sim, estimular o espectáculo.
No ano anterior, a quase ausência de chegadas em alto até nem correu mal. Mas nesta edição não podia estar a correr pior. E, pensando bem, era natural que assim fosse. Chegados à última semana, quase nada aconteceu, e as etapas de sábado e domingo foram confrangedoras.
Sabemos que é difícil desenhar um traçado para uma prova como o Tour de France, obedecendo necessariamente a critérios desportivos, geográficos, económicos etc. Mas se a componente desportiva não for privilegiada, em breve as audiências irão ressentir-se, até porque Giro e Vuelta têm mostrado outra vitalidade.
Veremos o que dita o futuro (desde logo o desta própria edição). Esperemos que Thierry Gouvenou não venha a ser um dia responsabilizado pela decadência da prova francesa.
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