É lamentável que uma prova com a tradição, e a dimensão competitiva do Tirreno, permaneça sobreposta com o calendário do Paris Nice. Qualquer uma delas tem conteúdo mais do que suficiente para preencher as atenções dos adeptos do ciclismo, diria, a solo. Era suposto que o problema estivesse resolvido já em 2016. Veremos se em 2017 o bom senso impera.
Quanto à prova em si, quer-me parecer que o percurso deste ano é um pouco menos montanhoso. Talvez por isso não vejamos na lista de participantes, nem Contador, nem Quintana, nem Froome. Porém, os nomes de Nibali, Van Garderen, Rodriguez, Valverde, Pinot e Uran, e de outsiders como Pozzovivo, Peraud, Kreuziger, Konig, Ulissi, Frank ou Amador são suficientes para que a luta seja intensa. Muita atenção também às prestações de Esteban Chaves (uma das revelações da última Vuelta), e Davide Formolo (será 2016 o ano de afirmação deste jovem?).
Os dois mais recentes campeões do mundo também estarão nas estradas italianas: Kwiatkowski e, sobretudo, Sagan não serão candidatos à vitória na geral, mas podem vencer etapas. Assim como o grande Cancellara, motivado pelo triunfo de sábado, também em território transalpino.
Na luta pelas etapas planas estarão certamente Cavendish (que não terá o fantasma Kittel a atormentá-lo, mas pode ter de se haver com o jovem Gaviria, também da Etixx), bem como a armada italiana composta por Nizzolo, Modolo, Viviani, Ferrari e Gavazzi o belga Stuyven, e os "Oricas" Mezgec e Ewan (outro jovem muito promissor).
Destaque também para a forte presença portuguesa, com os nossos Tiago Machado, Nélson Oliveira, Ricardo Vilela e irmãos Gonçalves. Oxalá tenham sorte.
Termino com um pequeno apontamento humorístico: será que vamos finalmente ver uma fuga de Daniele Ratto, perseguida por Óscar Gatto?
Como é hábito, a Eurosport transmitirá a prova.
PERCURSO
ETAPAS
EQUIPAS
PALMARÉS
RECORDE 2015 (etapa rainha)
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